A história da
colonização cubana conta que em 1509, um certo soldado espanhol estava muito
doente e foi levado do oeste da Ilha para ser tratado pelos curandeiros da
tribo indígena da região da Macaca. Ele sarou, mas o tratamento foi lento. O
soldado, durante a recuperação, aprendeu a língua dos nativos e lhes ensinou o
Evangelho de Cristo. Depois, estimulou os índios a erguerem uma pequena igreja
para as preces comunitárias. No altar eles colocaram o crucifixo e o "santinho"
com a imagem da Virgem Maria, que o soldado lhes dera. Com o tempo ao redor
desta capela surgiu uma nova vila, atual El Cobre.
No início do século XVII, quer a antiga tradição,
que Nossa Senhora tenha manifestado um especial sinal à estes queridos filhos,
permitindo que três humildes pescadores encontrassem sua imagem flutuando nas
águas agitadas do alto mar do Caribe os dois irmãos índios João e Rodrigo de
Hoyos, mais o escravo João Moreno, um menino de dez anos de idade avistaram
algo no meio das águas. Após confundir com uma gaivota morta, com alegria
recolheram a estátua de Nossa Senhora com o Menino em seus braços, que trazia
sob os pés uma plaqueta com os dizeres: "Eu sou a Virgem da
Caridade".
Desde a aparição da imagem uma grande devoção se
propagou por toda Ilha de Cuba. O povo preferiu que a Virgem fosse venerada no
antigo Templo Paroquial do Cobre, aquele construído pelos índios e o soldado
espanhol. A pedido dos veteranos da Guerra da Independência, Nossa Senhora da
Caridade do Cobre, como era invocada pelos devotos, foi declarada Padroeira de
Cuba, pelo Papa Bento XV, cuja festa fixou em 08 de setembro, data em que foi
encontrada no mar.
Porém, a partir de 1960 o regime comunista de
exceção proibiu as procissões e outras manifestações públicas de fé. Isto só
fez aumentar esta devoção, que se propagou com as famílias cubanas exiladas. Em
1977, contrariando esta política, o Papa Paulo VI elevou o Santuário Nacional
de Nossa Senhora da Caridade do Cobre à categoria de Basílica.
O Papa João Paulo II, anunciou sua visita
apostólica à ilha de Cuba em 1997. Após a histórica visita do Sumo Pontífice a
Cuba, o governo revogou a antiga proibição dos cultos públicos e procissões em
todo o país.
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