Ingrid nasceu perto da
metade do século XIII, na nobre família Elovsdotter, na Suécia. Cristãos
fervorosos, os pais deram a ela e aos outros filhos uma educação digna dos
fidalgos e no rigoroso seguimento de Cristo. A menina, desde os primeiros anos
de vida, mostrou-se muito virtuosa, amável, caridosa e pia, surpreendendo a
todos com seu cândido ideal religioso.
No início da
adolescência, como era costume da época, teve de contrair um riquíssimo
casamento. Mesmo contrariando sua vocação, ela aceitou tudo com humilde
resignação, mas não deixou que o mundo de luxo, futilidades e poder
contaminassem sua alma, apesar de ter de conviver nele. Continuou, serenamente,
a cuidar das obras de caridade que fundara para os pobres e doentes
abandonados, os quais atendia pessoalmente. Possuindo dons especiais de
profecia e cura, gozava, entre a população, da fama de santidade.
Ingrid enviuvou pouco
tempo depois. Assim, decidiu fazer uma longa peregrinação para a Terra Santa,
acompanhada por sua irmã mais velha e algumas damas da corte. Ali seu amor ao
Senhor Jesus aumentou ainda mais, alimentando o seu desejo de consagrar-se à
vida religiosa. Da Palestina viajou para Roma, onde visitou os túmulos dos
apóstolos e dos primeiros mártires e de lá foi para Santiago de Compostela, na
Espanha, rezar junto às relíquias do apóstolo Tiago.
Só então Ingrid retornou para a
Suécia. Logo depois, em 1281, seguindo seu confessor e orientador espiritual,
padre dominicano Pedro de Dacia, e com a autorização do bispo e do rei, ela fez
seus votos perpétuos e fundou um mosteiro, sob as Regras de são Domingos, em
Skanninge, Suécia. Nele, junto com um grande número de jovens da corte,
dedicou-se, totalmente, às orações contemplativas e à vida de rigorosa
austeridade.
Morreu como priora, com fama de
santidade, no dia 2 de setembro de 1282, no seu convento em Skanninge. Seu
culto se espalhou depressa entre as populações vizinhas e difundiu-se entre os
devotos. O papa Alexandre VI confirmou o culto à bem-aventurada Ingrid e o dia
de sua morte para sua celebração.
FONTE: Paulinas em 2014
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